terça-feira, 24 de setembro de 2013

COMO É INCOERENTE ESSE PT

A Executiva Nacional do PT decidiu na segunda-feira (23) que o partido deve manter os cargos que ocupa nos Estados governados pelo PSB, desde que haja “compatibilidade de programas” entre as duas siglas.
Na semana passada, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, anunciou que a legenda deixará os dois ministérios que ocupa no governo Dilma Rousseff –Integração Nacional e Secretaria dos Portos.
Potencial candidato ao Palácio do Planalto em 2014, Campos vem aumentando o tom de suas críticas à administração federal e se aproximando de outro presidenciável, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o que desagradou petistas e Dilma.
Desde a última quarta-feira (18), quando o PSB comunicou sua saída da Esplanada, há uma expectativa de que o PT também possa entregar os cargos que ocupa em cinco dos seis Estados governados pelo PSB: Pernambuco, Ceará, Amapá, Espírito Santo e Piauí.
Em uma resolução divulgada no final da tarde desta segunda, o PT afirmou que “os cargos estão sempre à disposição” dos governadores e que “deve prevalecer o debate programático” tanto nos Estados comandados pelo PSB quanto nas administrações petistas de que os socialistas fazem parte, como Bahia e Rio Grande do Sul.
“Estamos dizendo isso: onde tiver compatibilidade de programas, nós queremos continuar atuando juntos”, afirmou o presidente do PT, Rui Falcão.
O dirigente também declarou que a decisão de Campos é “legítima” e destacou o fato de o pernambucano ter dito que o partido continuaria votando com o governo Dilma no Congresso.
Falcão deixou a reunião no final da manhã para se reunir por cerca de uma hora com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Durante o almoço bastante tenso, em que criticou a minirreforma política defendida por Vaccarezza e a “fraca” atuação da bancada do PT na Câmara em defesa de Dilma, Lula pediu que os petistas tentem “apaziguar” as críticas ao governo federal que surgem dentro da própria base, incluindo dos aliados do PSB.
Em encontro na semana passada com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB), Lula deixou claro que não fazia coro aos petistas que defendem a entrega de cargos nos governos comandados pela sigla socialista dos quais o PT faz parte. Para o ex-presidente, é necessário “mais conversa” para “manter canal aberto” com o PSB.
A nota divulgada no final da tarde pela Executiva vai ao encontro do que prega Lula.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

BANCÁRIOS E BANQUEIROS NÃO ESTÃO NEM AI PARA O CLIENTE

Senti na pele na manhã desta segunda-feira o que milhões de brasileiros estão enfrentando desde a última quinta-feira, quando os bancários resolveram, como sempre acontece nesta época do ano, entrar em greve por tempo indeterminado. Assim como a primavera, as greves bancárias têm dia certo para começar, com a diferença de que a estação das flores também tem dia certo para acabar. Nos bancos, nunca se sabe.
Pouco me importa saber se a razão está com os banqueiros ou os bancários, mas acho que os dois lados deveriam ter um pouco mais de consideração com quem lhes garante os lucros e os salários. O que sei é que todos os anos os bancos anunciam orgulhosamente novos recordes em seus lucros. Não seria o caso de repartir uma parte com seus funcionários para que eles não entrem em greve também todos os anos?
Como qualquer outro serviço público, os bancos e os bancários deveriam ser obrigados por lei a manter um número mínimo de funcionários trabalhando, pelo menos para orientar os clientes, que muitas vezes vêm de longe, e atender os casos mais urgentes.
Desde que inventaram os tais caixas eletrônicos,
raríssimamente entro num banco porque, para qualquer serviço que precisamos, dá a impressão de que estamos incomodando e, ao nos atenderem no final das filas, parecem estar te fazendo um grande favor.
"Não pode entrar aí. Estamos em greve", limita-se a me comunicar um funcionário com o crachá da Caixa Econômica Federal, na agência da rua Augusta, em São Paulo, já se colocando na frente da porta para deixar bem claro que se trata de uma ordem. Além de frustrado, senti-me um idiota carregando na mão o envelope com o mil documentos que passei a manhã toda juntando, e agora não tenho para quem entregar.
O funcionário, não sei se a serviço do banco ou do sindicato em greve, não quer papo. Está ali cumprindo ordens. Só queria saber se em alguma outra agência da Caixa na cidade eu poderia dar entrada no meu pedido para receber o PIS-PASEP, a que tenho direito faz muito tempo. Como se fosse uma gravação dessas de telemarketing, o jovem só sabe responder que não, não sabe de nada. Nem quando os bancos vão reabrir.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), entidade patronal que representa os ditos cujos, limitou-se a soltar uma nota criticando os bancários. "A Fenaban lamenta essa posição dos sindicatos, que causa transtorno à população". Diz que os bancos respeitam o direito à greve ", mas que "farão tudo que for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos bancários".
Como são bonzinhos! Pois não foi o que me pareceu quando cheguei à agência da caixa e o rapaz que tomava conta da porta me informou que não tinha nenhum caixa trabalhando. Ainda mais por se tratar de um banco público, onde nosso dinheiro de benefícios fica guardado compulsoriamente, a Caixa deveria manter ao menos um plantão para nos dar informações.
De outro lado, o Procon-SP nos informa que a greve não desobriga o consumidor de pagar as contas em dia, mas acrescenta que "a empresa credora tem a obrigação de oferecer formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados".
Maravilha, como se isso fosse tão simples assim. Quer dizer que para receber os teus direitos não tem como, mas para pagar o que você deve sempre se dá um jeito. Pois eu pensava que o Procon fosse uma entidade de defesa do consumidor, e não dos bancos e dos nossos credores.
Os bancários pedem o de sempre: maior reajuste salarial e participação nos lucros, melhores condições de trabalho e aumento do piso, entre outras reivindicações. E se elas não forem atendidas pelos bancos, vou receber quando o meu PIS-PASEP?


E cadê a água?

Nas eleições municipais de São Luís um dos pontos de todos os candidatos a Prefeito e de muitos candidatos a vereador foi a falta de água em São Luís. Candidatos diariamente prometiam água todos os dias, parceria publica privada com a CAEMA, até mesmo o controle da Companhia de águas pelo município de São Luís foi proposto pelos mais radicais.
Passados 9 meses da atual gestão, não existe um programa que fale em levar água para os bairros de São Luís, até o programa avança São Luís, não vislumbra uma gota desse tão precioso liquido. Os 31 vereadores sejam do Governo e da oposição estão mais preocupados com outra coisa do que com a água propriamente dita, afinal de contas as suas residências devem ter poço próprio.
Os Vereadores da Oposição como o famoso Fábio Câmara se cala porque hoje a CAEMA é vinculada ao seu patrão Ricardo Murad e os demais porque sabem que a Prefeitura mal consegue tapar um buraco quanto mais cavar um poço.
A falta d"água é tão grande que até o blogueiro José Reinaldista Felipe Klant reclamou em seu Blog. 
Enquanto isso quem pode vai comprando carro pipa e água mineral em galão e quem não pode, coitado só Deus sabe. 

domingo, 22 de setembro de 2013

PROF. IVES GANDRA DIZ QUE NÃO HÁ PROVAS CONTRA DIRCEU

Para o professor Ives Gandra Martins, 78, um dos mais respeitados juristas brasileiros, conhecido por suas posições conservadoras, o ex-ministro José Dirceu foi condenado sem provas no processo do mensalão. Professor da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado Maior do Exércitojo e da Escola Superior de Guerra, Martins, em longa entrevista a Mônica Bergamo, publicada na edição dominical da Folha, foi enfático ao afirmar que a aplicação da "teoria do domínio do fato" usado pelo STF para condenar José Dirceu cria "uma insegurança jurídica monumental".
"Como um velho advogado, com 56 anos de advocacia, isso me preocupa. A teoria que sempre prevaleceu no Supremo foi a do "in dubio pro reo" (a duvida favorece o réu). O domínio do fato é novidade absoluta no Supremo. Nunca houve esta teoria", lembra Ives Gandra, ao justificar sua crítica à decisão do STF.
kostcho Ives Gandra diz que não há provas contra Dirceu
O jurista garante que leu todo o processo do mensalão e chegou a uma conclusão: "Não há provas contra ele. Nos embargos infringentes, o Dirceu dificilmente será condenado pelo crime de quadrilha".
Sobre a pressão que alguns ministros vêm sofrendo para votar de acordo com a "opinião pública" expressa por alguns porta-vozes da velha mídia, Martins admitiu que o julgamento "pode ter alguma conotação política" para explicar a aplicação da teoria do domínio de fato. E adverte: "Com ela, eu passo a trabalhar com indícios e presunções. Eu não busco a verdade material. Você tem pessoas que trabalham com você. Uma delas comete um crime e o atribui a você(...)Como você é o chefe dela, pela teoria do domínio do fato, está condenada, deveria saber.Todos os executivos brasileiros correm agora este risco".
Ao ser indagado se algum ministro pode ter votado sob pressão, Martins analisou o papel das transmissões ao vivo do julgamento. "Eu diria que , indiscutivelmente, graças à televisão, o Supremo foi colocado numa posição de muitas vezes representar tudo o que a sociedade quer ou o que ela não quer. Eles estão na verdade na berlinda."
Ives Gandra vê como positivo o fato de se abrir a expectativa de "um novo país" em que políticos corruptos seriam punidos, mas acha que não se pode condenar ninguém sem provas. "Não há possibilidade de convivência. Se eu tiver a prova material do crime, eu não preciso da teoria do domínio do fato para condenar."
Falando como professor, Martins constata que "tribunais do mundo inteiro são cortes políticas também, no sentido de manter a estabilidade das instituições. A função da Suprema Corte é menos fazer justiça e mais dar essa estabilidade. Todos os ministros têm suas posições, políticas inclusive".
Manifestações serenas como a do professor Ives Gandra Martins, que pode ser chamado de tudo, menos de petista, são importantes para que cada um possa formar seu próprio juízo sobre o julgamento do mensalão, sem entrar na pilha de editorialistas, comentaristas e blogueiros fanáticos, que estão há vários meses de algemas na mão esperando para levar os réus ao xilindró.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

PT PREPARA PARA ROMPER COM ROSEANA


Por Wilson Lima e Ricardo Galhardo – iG Brasília e iG São Paulo  
Washington: recados da direção nacional do PT para aceitar vaga no TCE
Washington: recados da direção nacional do PT para aceitar vaga no TCE
Discretamente o PT prepara o terreno para pôr fim à incômoda aliança com a família Sarney no Maranhão. Nas últimas semanas, integrantes da direção nacional mandaram recados ao vice-governador Washington Luiz (PT) para que ele aceite a proposta da governadora Roseana Sarney (PMDB) de se afastar do cargo e aceitar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Com isso, o partido espera quitar as dívidas políticas com os Sarney e ter liberdade para apoiar a candidatura de Flavio Dino (PC do B) ao governo do Maranhão. Pesa na tática petista o delicado estado de saúde do senador José Sarney (PMDB-AP) e falta de um sucessor à altura dele no clã.
O afastamento de Washington abriria caminho para uma manobra delicada que, segundo petistas e aliados de Roseana, está nos planos da governadora como forma de preparar o terreno para que seu secretário da Casa Civil, Luís Fernando Silva, candidato oficial do Palácio dos Leões, assuma o governo em pleno ano eleitoral.
A manobra seria a seguinte: antes, ela convenceria o vice a assumir uma vaga no TCE. Dessa forma, com a vacância no cargo de vice, ela teria condições para deixar antecipadamente o governo e convocar eleições indiretas para o cargo.
A Constituição do Maranhão prevê, em seu artigo 60, que em caso de vacância no cargo de governador ou vice serão seus substitutos o presidente da Assembleia Legislativa ou do Tribunal de Justiça do Estado. Eles, em caso de vacância do cargo de governador nos dois últimos anos de mandato, são obrigados a convocar eleições indiretas para o governo, conforme determina o inciso I, do artigo 61 da Constituição do Estado.
Roseana arma estratégia para beneficiar Luís Fernando
Roseana arma estratégia para beneficiar Luís Fernando
Essa ideia, entretanto, é vista com uma certa ressalva inclusive pelos aliados de Roseana. Isso porque não há garantias de que a Assembleia Legislativa do Maranhão vá confirmar o nome de Luís Fernando Silva no governo do Estado. Em 2003, em manobra semelhante, a família Sarney perdeu o controle da Assembleia Legislativa na gestão de José Reinaldo Tavares (PSB), ex-integrante do grupo que se rebelou contra os Sarney e abriu caminho para a eleição de Jackson Lago em 2006.
A cúpula petista dá total apoio à manobra e tenta convencer Washington a aceitar a vaga no TCE. O vice tem recusado a proposta e continua irredutível na intenção de assumir o governo mesmo que seja apenas por alguns meses. A direção petista avalia que, se conseguir eliminar o entrave para o plano de Roseana, estará quite com a família Sarney e ficará livre para apoiar Dino.
O principal objetivo da manobra de Roseana seria cacifar seu candidato à própria sucessão. Há aproximadamente três meses, Silva vem inaugurando obras e participando de ações do governo do Estado visando ser mais conhecido no interior, onde ele ainda é tido como um desconhecido. Fontes ligadas à Roseana afirmam que esse tipo de iniciativa vem dando um grande capital político a Silva.
O segundo objetivo diz respeito à disputa pelo Senado. Apesar de não admitir isso publicamente, começa a crescer dentro do eixo sarneísta a possibilidade de a governadora do Maranhão lançar-se novamente ao Senado. Em tese, o homem apontado pelo Palácio dos Leões para a disputa da vaga é o atual ministro do Turismo, Gastão Vieira. Mas Vieira afirmou a interlocutores na festa de casamento de uma das netas do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em julho, que não tem mais “idade” para uma disputa ao Senado. Ele prefere tentar mais um mandato como deputado federal.
Sem opções de nome do grupo ao Senado, Roseana deve se lançar candidata na vaga que será deixada no Estado por Epitácio Cafeteira (PTB-MA) no ano que vem.

SARNEY FILHO QUE WASHINGTON FORA DE 2014

O Deputado Federal Sarney Filho, já mandou um recado para o seu babão mor, o atual membro do PV Nacional, Washington Rio Branco, o quer fora da próxima Direção para repassar o Partido as mãos do filho Adriano Sarney.
Washington anda pelos Shoppings da vida reclamando aos mais próximos que caso isto aconteça irá recorrer ao Diretório Nacional para poder permanecer na legenda. Agora somente Washington acredita nessa possibilidade em que o Partido vai preferir um militante, mesmo que histórico a um Deputado Federal, que dá além de tudo tempo de televisão.
Outro que está com um pé na porta da rua é o Presidente do Diretório Municipal Willian Junior.
Tudo isso por um único motivo, Sarney Filho não quer nada que atrapalhe a candidatura do seu filhinho Adriano Sarney a Deputado Estadual.

Agora lascou Bancários em Greve

O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB) confirmou que as atividades dos 5.800 membros da categoria do estado em bancos públicos e privados serão suspensas, a partir de hoje, por tempo indeterminado, devido a divergências entre os bancários e os empresários do setor. Os bancários exigem a elevação de 22% dos vencimentos, participação nos lucros e resultados de forma linear, além de melhores condições de trabalho.
Ainda segundo a SEEB, não haverá oferta de pelo menos 30% do efetivo dos funcionários dos bancos, conforme estipulado em lei. “Como não se trata, na nossa visão, de uma atividade essencial, decidimos não manter nem mesmo poucos trabalhadores atuando em algumas agências. Mesmo agindo dessa forma, a categoria não teme que a Justiça decrete a ilegalidade da greve”, afirmou o presidente do SEEB, José Maria Nascimento.
De acordo com a Contraf, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche, dentre outros). A Fenaban informou que apresentou no dia 6 deste mês, às lideranças sindicais dos bancários, propostas à categoria e que se mantém aberta a negociações.